7 lições que aprendi com a terapia
1) um dia de cada vez
sempre tive essa questão de querer estar no centro do controle. sou prematuro (isso explica muita coisa) + assumi grandes responsabilidades desde cedo. isso me faz ter uma tendência de inquietude, quase que uma ansiedade.
estou aprendendo a tocar ~um dia de cada vez.
(ouça esta música cuja letra me ensinou profundamente)
2) desfrute do momento
por conta até de querer estar sempre no controle de tudo, sempre me detive muito no aspecto básico: pensar mais nas obrigações e quase nada na diversão. desde 2019, venho quebrando com esse paradigma. venho tendo maiores curtições sobre o momento, entende? e isso está me ajudando na questão do foco, da alegria, do prazer e da produtividade.
em vários testes de personalidade que já fiz, sempre sai o resultado que sou uma pessoa bastante equilibrada entre os traços da racionalidade — sou um observador que pondera e relativiza tudo + também tenho meu lado emocional bastante aflorado. porém, nos meus exercícios de autoconhecimento, tenho me permitido seguir os traços fortes da minha intuição. tenho sido muito mais feliz me ouvindo.
venho quebrando vários rótulos, preconceitos, padrões com os quais cresci. um deles — muito ligado à cultura machista — é sobre a dificuldade que sempre carreguei de chorar. por sempre me relacionar com muita gente em público e também ser líder, por anos, defendi a imagem de indestrutível. minha companheira de vida tem sido a principal responsável em me ajudar nesse processo.
5) eu não pensava assim
já tenho 22 anos de estrada profissional. comecei na sala de aula ~ensinando. esse exercício diário nos traz uma visão de que não se pode errar ou fracassar. e, por isso, nos faz ter muitas “convicções”. passei a questionar. tudo! modelos, relações, tratamentos, currículos, cargos, poderes, remunerações, status, empregos. e me orgulho e muito de ter mudado de opinião já algumas vezes. e ainda mudarei muito mais.
(gravei para o podcast Calma sobre a mudança na minha forma de pensar e olhar as coisas. confira aqui!)
6) eu não sei
2020 ensinou muita gente — pros negacionistas nunca ensina nada — que não temos respostas para tudo. quando achávamos que sabíamos, o sistema mostrou. peraí! para tudo e vamos começar a reaprender. nunca tive vergonha ~hoje de assumir pra quem me pergunta que eu não faço ideia de qual seria a resposta. e que leveza em poder dizer isso, hein? (falei sobre isso com a minha terapeuta Lucylla.)
7) pare pra sentir isso que está aí dentro agora
aprender é sentir! da minha inquietude e rapidez nas coisas, faltava sempre o principal: me apoderar do que vivia para me entender melhor. o automatismo, a pressa em querer executar apenas para entregar, me tirou do centramento muitas vezes. tenho parado, me desligado da turbulência em vários momentos do dia para “sentir”. te dou esse conselho também.
(aproveitando, conheci a Alana Trauczynski cujo trabalho é libertador sobre a arte do sentir e do questionar a vivência. vale muito conhecer seu perfil no Recalculando a Rota. abri o jogo com ela num episódio sobre a potência da vulnerabilidade e como ela é necessária na educação, conectando o aprender ao sentir, contando os rituais de conexão, falando das dores, dos valores, erros e sombras.)
e você? se permitiu aprender bastante nos últimos tempos?
quer uma ajuda? não sou terapeuta e nem especialista nisso, mas baixe meu booklet As Sementes_. as 30 perguntas que elaborei para te ajudar a montar um 2021 de um jeito mais seu. pra você começar sua jornada se conhecendo melhor e vendo um ano com outras lentes!
é isso! um 2021 especial na sua jornada!
noix!