aprendendo com a Nira Bessler
uma das formas que exercito, diariamente, é ler posts, artigos, matérias e também ver vídeos, palestras e ouvir podcasts. nem todo dia consigo a quantidade que gostaria e nem forço para ser (grande) volume o objetivo final, pois nem sempre absorvemos aquilo que precisamos.
mas gosto de seguir determinados perfis e admiro a forma como se apresentam.
uma dessa pessoas é a Nira Bessler — como aprendo com ela. ficamos amigos, já a convidei para o meu podcast Open Bar de Pistache para falar sobre #aprendizagem e #educação. confira aqui:
ela tem um texto incrível em que ela defende que “aprendemos porque sentimos”. essa visão chegou num momento tão importante para os meus estudos e tomara que te ajude também.
porém, hoje, ela me ensinou muito: de novo! (convido você pra acompanhar o trabalho dela!)
olha o que ela afirmou:
“Evolução não é sinônimo de progresso.”
e ela sustenta tudo com as seguintes colocações:
A gente tende a pensar na evolução como aquela imagem linear de um macaco se tornando mais ereto até virar um homem. Hoje, pesquisadores fazem questão de enfatizar que a evolução se dá de forma bem mais bagunçada do que isso. Afinal, evolução tem a ver com adaptação e não com progresso. E isso vale para o cérebro também.
Já ouviu falar sobre o cérebro trino?
É uma teoria criada por um pesquisador chamado Paul MacLean nos anos 1960. Segundo ela, o cérebro se formou por camadas mais novas se sobrepondo a outras mais antigas, conforme novas espécies foram surgindo.
“O homem, ao que parece, herdou essencialmente três cérebros”, escreveu MacLean. “O mais antigo é basicamente reptiliano; o segundo foi herdado de mamíferos inferiores; e o terceiro e mais novo cérebro é o desenvolvimento mamífero tardio que atinge o auge no homem e lhe dá seu poder único de linguagem simbólica.”
Bem, esta teoria, embora muito propagada, é considerada um mito por neurocientistas.
“A noção de que novas camadas são adicionadas a estruturas existentes ao longo da evolução, enquanto as espécies se tornam mais complexas, é simplesmente incorreta”, dizem os autores de excelente um artigo publicado em 2020 (link nos comentários).
Portanto, nós não temos um cérebro reptiliano, que controla as funções mais básicas, nem um límbico, que controla as emoções. Por fim, a ideia de um córtex que controla a linguagem e a razão também é considerada falsa.
“Os cérebros da maioria dos vertebrados são feitos dos mesmos tipos de neurônios. É o número de neurônios e sua disposição que difere de uma espécie para outra”, explica Lisa Feldman Barrett em outro artigo (link nos comentários também).
Encontrei, em português, um artigo bem bacana abordando o assunto do ponto de vista do neuromarketing. Mas vale também para outras áreas, como aprendizagem. (Não conheço o autor Arthur Paredes, mas achei o material dele bem legal. Terceiro link nos comentários, hehe).
Não há nada de errado em percebermos que teorias que nos pareciam verdadeiras sejam sobrepostas por outras embasadas em pesquisas mais recentes. É assim que a ciência funciona, sem dogmas. E tudo bem. O importante é estarmos abertos a questionar e aprender.
esse texto foi publicado em seu perfil lá no Linkedin.
e todas as indicações dela dos textos seguem abaixo:
como a própria Nira afirma no texto dela, o importante é estarmos abertos(as) a questionar e aprender.
eu exercito isso, diariamente, e a Nira me ensina sempre! obrigado, Nira! ;)