nunca é tarde
// motivado pelos últimos acontecimentos, envolvendo o participante @joaopedrosa no #bbb21, convido você prumas reflexões. tomara que sejam úteis para mais aprendizados e aberturas de pensamento:
i. eu amo meu cabelo. crespo e do jeito que ele é. mas nunca foi bem assim. demorei muito a aceita-lo e querer deixa-lo como está hoje. mas por vergonha? não! mas foi mais um processo de aceitação e autoestima somado ao meu autoconhecimento. venho estudando, cada vez mais, sobre #ancestralidade. minha família materna é toda preta. e tenho um orgulho danado de valorizar mais as minhas raízes. ❤️
ii. no livraço da premiadíssima Grada Kilomba, Memórias Da Plantação — Episódios de Racismo Cotidiano, há um capítulo especial sobre políticas do cabelo (pág 121) — coloquei vários trechos abaixo. sugiro ler com bastante calma.
nesses trechos, se comentam sobre as pessoas tocarem o cabelo de quem é diferente. mas quem é diferente? palavras da autora:
“uma pessoa apenas se torna diferente no momento em que dizem que ela difere daquelas(es) que têm o poder de se definir como “normal”. (…) ou seja, não se é diferente, torna-se diferente por meio de um processo de discriminação.”
aproveito o contexto e reproduzo aqui essa roda de conversa entre Grada Kilomba e Djamila Ribeiro:
iii. no livraço da também premiadíssima, super querida e genial Djamila Ribeiro, Pequeno Manual Antirracista, há duas partes que destaco aqui:
a) reconheça os privilégios da branquitude. palavras da autora:
“ pessoas brancas não costumam pensar sobre o que significa pertencer a esse grupo, pois o debate racial é sempre focado na negritude. a ausência ou baixa incidência de pessoas negras em espaços de poder não costuma causar incômodo ou surpresa em pessoas brancas.”
b) perceba o racismo internalizado em você. em geral, a maioria das pessoas admite haver racismo no Brasil, mas quase ninguém se assume como racista.
para isso, então, deixo também o convite pra leitura e análise desses itens que li no post (formidável) da Obvious Agency:
- COISAS PARA NÃO FAZER QUANDO UMA PESSOA PRETA DIZ QUE VOCÊ FOI RACISTA:
1) falar que não foi sua intenção
2) minimizar o problema
3) dizer que não tem conhecimento
4) se transformar em vítima
a ideia é justamente, ao invés disso tudo, sentar, ouvir e aprender.
por isso, esse texto vem na ajuda para: bora ler, amizade! compartilha comigo mais autores pretos e autoras pretas que você esteja lendo?
convide mais pessoas a aprenderem mais sobre nossas necessidades, encaminhando esse link desse texto.
salve para guardar as recomendações, mas, mais importante ainda, não seja mais um(a) racista.
já conhece este canal abaixo? fica mais uma sugestão aqui: